terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Palavras apenas.... Aline C. Costa


A raiva é um sentimento que te coroi por dentro com uma sutiliza quase imperceptível
quando percebes estás tão envolvido que não vê saída,
precisa expurgar...
Muitos preferem deixá-la em palavras,
outros em letras de música,
mas há aqueles que a alimentam dia após dia até que fatidico dia aconteça.
Aquele dia mal pensado, de palavras mal ditas, de lágrimas derramadas,
de golpes e ponta pés...
Depois o que vês é só um corpo frio e imóvel a bufar, cansado, exausto,
quando percebe aquele corpo está sem vida,
porque está fraco esperando que outro sentimento destrutivo o golpei.
Não podes com a raiva.
Não podes com o ódio.
Aprenda a serenar o espirito,
a deixar que o mal passe por ti sem te perceber,
e se te perceber, se esquive diante da tua luz.
Mas não penses que o caminho da paz é fácil,
é muito mais difícil do que sentir medo, raiva, solidão;
porque somente aqueles que estão em perfeita harmonia
percebem que a luz se encontra em todos os lugares,
porque o sol nasce para todos,
nós é que perdemos a capacidade de admirá-lo.

...

4 comentários:

Unknown disse...

ahaaaaaa...
viu abaixo que nem o Dalai Lama é todo cheio de paz, mas também tem seus "ódios"...

mais do que expurgar, porque eles voltam, ultrapassar e renascermos outros em nós, naquele que sempre fomos, não nesse que nem na eternidade poderíamos ser!

Todo o fato!

Unknown disse...

Dentro de um relógio quebrado,
Espirrando o vinho... Com todos esses Cachorros da chuva
Táxi... Preferimos ir a pé.
Acotovelar-se em um porto com esse cães,
Sou um cachorro da chuva também!
Ah... como dançamos e engolimos a noite!
Tudo foi muito maduro para um sonho
Ah, como dançamos,
Todas as luzes,
Nós sempre perdemos a consciência.
O Rum derramado, forte e magro,
Expulse o gari daqui
Com os cachorros da chuva
Á bordo de um comboio naufrágo
Dê o meu guarda-chuva para um dos cachorros...
Ah, como nós dançamos com a Rose de Tralee
Seus longos cabelos, negros como um corvo.
Ah, como nós dançamos.. E então você me sussurou:
"Você nunca vai voltar para a Casa".

Tom Waits

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Preste atenção: o verdadeiro mal não nos dá tempo de lutar, de reagir, não nos dá tempo nem de temer. O verdadeiro mal vem invisível e não se apráz com o sofrimento que é o prenúncio de toda reação, de toda perseverança, de toda evolução. O verdadeiro mal quando surge nos devora e nenhuma migalha de alma resta, apenas a demência talvez resista, sempre inconsciente de todo aquele ato que a atingiu enquanto sã. O verdadeiro mal se encontra no substrato do mais íntimo bem, ali onde onde todo o ser se entrega absoluto. Da entranha de Deus vem a Besta que te consome! A paz e a segurança estão no além de qualquer ética sempre tão maniqueísta. O verdadeiro mal está aqui, nos olhos de quem lê tanto quanto nesses dedos que digitam, com uma ferocidade apenas suposta, aparentemente, porém, em um silêncio profundo e indevassável! E sangra ou sacia toda sede com idêntico ímpeto não-humano e tão-humano! Assim, nenhum mal é detido e não haverá jamais nenhuma reparação, nesse ou em qualquer outro mundo, apenas um vazio por nada preenchido... tão infinito e belo...