sábado, 20 de dezembro de 2008

Cingapura - Tom Waits


Nós velejamos esta noite para Cingapura,
estamos tão loucos como os chapeleiros daqui.
Eu cai em um "tawny moor", saído do livro de Nod.
Embebi-me com todos aqueles chineses;
andei nos esgotos de Paris;
dancei junto a um vento de diversas cores,
pendendo em uma corda de areia.
Você me deve um "adeus".
Não vá dormir enquanto estiver em terra:
Trespasse seu coração e aguarde a morte.
Quando ouvir o choro das crianças deixe
que a medula óssea e o cutelo escolham,
enquanto fazem dos pés sapatos infantis.
Através do beco, de volta para o inferno,
quando você ouvir o sino do campanário,
você deve me dizer "adeus".
Limpe o barco com gasolina até seus braços ficarem fortes.
De agora em diante, rapazes, este barco é sua casa, então...
Hastiar vela, marujos!
Velejamos esta noite para Cingapura,
peguem seus cobertores do chão, lavem suas bocas, por aquela porta ali!
A vila toda é feita de minério de ferro, cada testemunha vira vapor.
Eles se tornam sonhos à italiana.
Encham os bolsos de terra. Arranjem um dolar furado.
Para longe, rapazes! Adiante, marujos!
Hastiar velas!
O capitão é um anão de um braço só.
Ele está jogando dados em algum lugar no cais.
Na terra dos cegos, o ciclope é rei, por isso tome este anel.
Velejaremos de noite para Cingapura, estamos tão loucos como os chapeleiros dali...

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