sábado, 13 de dezembro de 2008

E os dentes da lua - Tom Waits


"E os dentes da lua fazem marcas e estão no céu como uma panela jogada sobre tudo isso
E os guarda-chuvas quebrados como
pássaros mortos e o vapor sai da frigideira como se toda a maldita cidade estivesse pronta para explodir.
E os tijolos estão repletos de tatuagens de cadeia
E todos se comportam como cachorros.
E os cavalos descem a Rua do Violino
E o Holandês está morto de cansaço
E os quartos cheiram a oléo diesel
E você pega os sonhos de cada um que dormiu aqui.
E estou perdido na janela
Escondo-me na escada
Penduro-me na cortina
Durmo dentro do seu chapéu
E ninguém traz algo pequeno em um bar aqui perto
Eles começaram todos com más intenções
E as garotas atrás dos balcões têm lágrimas tatuadas
Cada uma para cada ano que ele está fora, ela diz,
Que beleza degradante, mas não há
Nada que nenhuma nota de cem dólares não possa resolver, ela tem aquela tristeza afiada
Que só piora com o barulho e o trovão do Oceano Pacífico enquanto o relógio pinga como uma torneira
Até você estiver cheio de água suja, amargura e tristeza
E se você cuspir ao lado de alguém que lhe escute
E eu vi de tudo
Eu vi de tudo atrás das janelas amarelas
Do trem noturno."

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