Sem título
Eugenio Montale
Um dia não muito longe
assistiremos à colisão
dos planetas e o céu diamantado
acabará submerso em escombros.
Então colheremos flores rutilantes
e estrelas de néon.
Olha, eis o sinal, um fogo
acende-se no céu, chocam-se
Júpiter e Órion e no terrível
estampido onde acabou o homem?
Certo que basta um sopro neste mundo
em que vivemos para que ele acabe.
Ficará talvez um grito, o da
terra que não quer perecer.
Eugenio Montale nasceu em Genova, Itália, em 12 de outubro de 1896. No início de sua vida deixou os estudos normais para se dedicar ao canto. A morte de seu professor, o barítono Ernesto Sivori, na primeira guerra mundial, fez com que o autor se voltasse para a literatura. Tornou-se, assim, um grande mestre da literatura italiana da segunda metade do século XX. Em 1925, publicou sua primeira coletânea de Poesias, "Ossi di seppia", que logo tornou-se um dos clássicos da poesia italiana contemporânea. "Le occasioni" foi publicado em 1939. Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1943, publicou "Finisterre", uma coleção que, posteriormente, constituiu-se uma referencia para "La bufera e altro", publicado em 1956. "La farfalla di Dinard" teve seu lançamento em 1956 com 96 paginas. As edições seguintes foram acrescidas de novos poemas até alcançar, na de 1960, 273 poemas.
Foi agraciado, em 1961 com a Láurea de Honra pela Universidade de Roma e, logo depois, pelas Universidades de Milão, Cambridge, e Basiléia. Em 1967 o Presidente da República Italiana, Giuseppe Saragat, nomeou-o Senador vitalício em reconhecimento de suas realizações nos campos literário e artístico. Seus livros, tanto prosa quanto poesia, confirmaram a vitalidade do escritor: "Auto da fé" (1966 e 1972), "Fuori di casa" (1969 e 1975) e "Quaderno di traduzioni" (1948 e 1975). Eles dão uma idéia da vastidão de interesses e de versatilidade de seu talento, mais tarde confirmado com a obra "La bufera e altro" (1970). Em 1971, publicou sua quarta coletânea de poesias, "Satura", que logo tornou-se um grande sucesso editorial. Em 1973, publicou "Diario 1971-1972", que contém seus mais recentes poemas líricos. Em 1975, foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura.
No Brasil, seus trabalhos foram publicados pela editora Record ("Poesias" e "Diário Póstumo"), com tradução de Geraldo Holanda Cavalcanti, e "Ossos de Sépia", tradução de Renato Xavier, pela Cia. das Letras.
Eugenio Montale faleceu no dia 12 de setembro de 1981.
O poema acima foi publicado na revista "Palavra", Editora da Palavra - Belo Horizonte (MG), ano 1, nº 7, Outubro/1999, tradução de Ivo Barroso.
Foi agraciado, em 1961 com a Láurea de Honra pela Universidade de Roma e, logo depois, pelas Universidades de Milão, Cambridge, e Basiléia. Em 1967 o Presidente da República Italiana, Giuseppe Saragat, nomeou-o Senador vitalício em reconhecimento de suas realizações nos campos literário e artístico. Seus livros, tanto prosa quanto poesia, confirmaram a vitalidade do escritor: "Auto da fé" (1966 e 1972), "Fuori di casa" (1969 e 1975) e "Quaderno di traduzioni" (1948 e 1975). Eles dão uma idéia da vastidão de interesses e de versatilidade de seu talento, mais tarde confirmado com a obra "La bufera e altro" (1970). Em 1971, publicou sua quarta coletânea de poesias, "Satura", que logo tornou-se um grande sucesso editorial. Em 1973, publicou "Diario 1971-1972", que contém seus mais recentes poemas líricos. Em 1975, foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura.
No Brasil, seus trabalhos foram publicados pela editora Record ("Poesias" e "Diário Póstumo"), com tradução de Geraldo Holanda Cavalcanti, e "Ossos de Sépia", tradução de Renato Xavier, pela Cia. das Letras.
Eugenio Montale faleceu no dia 12 de setembro de 1981.
O poema acima foi publicado na revista "Palavra", Editora da Palavra - Belo Horizonte (MG), ano 1, nº 7, Outubro/1999, tradução de Ivo Barroso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário