Redondilha é o nome dado, a partir do século XVI, às estrofes em verso de cinco ou sete sílabas — a chamada medida velha. Aos primeiros dava-se o nome de redondilha menor e, aos segundos, de redondilha maior. A redondilha foi muito utilizada pelos poetas do Cancioneiro Geral, de Garcia de Resende e por Camões.
MOTE SEU
Descalça vai pola neve. . .
Assi faz quem Amor serve.
VOLTAS
Os privilégios que os reis
não podem dar, pode Amor,
que faz qualquer amador
livre das humanas leis.
Mortes e guerras cruéis,
ferro, frio, fogo e neve,
tudo sofre quem o serve.
Moça fermosa despreza
todo o frio e toda a dor.
Olhai quanto pode Amor
mais que a própria natureza:
medo nem delicadeza
lhe impede que passe a neve.
Assi faz quem Amor serve.
Por mais trabalhos que leve,
a tudo se of'receria;
passa pela neve fria
mais alva que a própria neve;
com todo o frio se atreve...
Vede em que fogo ferve
o triste que o Amor serve.
MOTE SEU
Descalça vai pola neve. . .
Assi faz quem Amor serve.
VOLTAS
Os privilégios que os reis
não podem dar, pode Amor,
que faz qualquer amador
livre das humanas leis.
Mortes e guerras cruéis,
ferro, frio, fogo e neve,
tudo sofre quem o serve.
Moça fermosa despreza
todo o frio e toda a dor.
Olhai quanto pode Amor
mais que a própria natureza:
medo nem delicadeza
lhe impede que passe a neve.
Assi faz quem Amor serve.
Por mais trabalhos que leve,
a tudo se of'receria;
passa pela neve fria
mais alva que a própria neve;
com todo o frio se atreve...
Vede em que fogo ferve
o triste que o Amor serve.
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