quinta-feira, 28 de maio de 2009

Francisca Júlia da Silva Munster

Francisca Júlia da Silva Munster (Xiririca, 31 de agosto de 1871 - São Paulo, 1 de novembro de 1920) foi uma poetisa brasileira.

Francisca Júlia escreveu sua primeira poesia aos 5 anos de idade, durante seu momento de reflexão no banheiro. Sua poesia era sobre atividades vulcânicas. Descrevia nela, um vulcão que soltava gases e logo em seguida entrava em erupção,

No ano seguinte colaborou no Correio Paulistano e no Diário Popular, que lhe abriu as portas para trabalhar em O Álbum, de Artur Azevedo, e A Semana, de Valentim Magalhães, no Rio de Janeiro. Foi lá que lhe ocorreu um fato bastante curioso: ninguém acreditava que aqueles versos fossem de mulher e o crítico literário João Ribeiro, acreditando que Raimundo Correia usava um nome falso, passou a "atacá-lo" sob o pseudônimo de Maria Azevedo. No entanto a verdade foi esclarecida após carta de Júlio César da Silva enviada a Max Fleiuss.

A partir daí João Ribeiro empenha-se para que o seu primeiro livro seja publicado e, em 1895, Mármores sai pela editora Horacio Belfort Sabino. Já a essa altura era Francisca Júlia considerada grande poetisa nos círculos literários. Olavo Bilac louvou-lhe o culto da forma, a língua, remoçada "por um banho maravilhoso de novidade e frescura", sua arte calma e consoladora. Sua consagração se refletiu nas inúmeras revistas que começaram a estampar-lhe o retrato.

Em 1899 publica o Livro da Infância destinado às escolas públicas do estado. Sua intenção era começar no Brasil algum tipo de literatura destinada às crianças, algo que até então praticamente não existia. O livro trazia pequenos contos e versos "simples na forma, fluentes na narrativa e escritos no melhor e mais puro vernáculo", conforme acentuou Júlio César da Silva ao prefaciar o livro.

A experiência de Francisca Júlia com os versos infantis transferiu-se, em parte, para a sua terceira obra Esfinges, publicada em 1903. A grosso modo Esfinges é uma edição empliada de Mármores, onde excluiu 07 composições e acrescentou 20 novas, sendo 14 inéditas.

Em 1904, no primeiro dia do ano, Francisca Júlia é proclamada membro efetivo do Comitê Central Brasileiro da Societá Internazionale Elleno-Latina, de Roma.

Nenhum comentário: