João da Cruz e Sousa viveu e morreu pobre e marcado pelo preconceito de cor e de classe social. A tuberculose matou a ele, ao filho e à companheira. os parnasianos isolavam sua poesia. Alguns dos literatos mais importantes de seu tempo discriminavam-no pessoalmente. Apesar de todo sofrimento e violência que marcaram sua vida, ele circulou no meio literário desde jovem, onde foi reconhecido como um poeta de qualidade ímpar.
Seu trabalho sempre foi acolhido na imprensa e esteve presente em livros individuais ou antologias. Razão pela qual sua arte está espalhada por espaços, até hoje, não estabelecidos por completo.
O título desta coletânea foi inspirado em tal situação. Embora seu espólio venha contando sempre com guardiões cuidadosos e sua obra venha sendo pesquisada cuidadosamente desde há muito, ainda surgem textos que o estilo e a dicção permitem que sejam atribuídos a sua lavra, mesmo quando não assinados. Seria como se o poeta e sua produção fossem fisicamente intermináveis, tal qual a beleza de sua poesia.
O método para estabelecer a coleção que estamos apresentando aqui foi o da acumulação de informações. A primeira fonte pesquisada foi o trabalho preparado por Andrade Muricy para o Instituto Nacional do Livro, em 1945, onde estão o Livro derradeiro, Campesinas, Cambiantes e Juvenília, títulos sugeridos pelo próprio poeta ou inventados pelo pesquisador. Juntaram-se a eles poesias de Julieta dos Santos e outras encontradas posteriormente em sebos, arquivos e coleções diversas, inclusive no acervo da Fundação Biblioteca Nacional, e estão reproduzidas e referidas em edições fac-símiles, estudos críticos, antologias e catálogos.
Na edição dos textos, o material escolhido foi organizado aludindo àqueles títulos. Todavia, foram criadas novas denominações que agregassem os novos achados, como a que destaca as poesias dedicadas às musas de todos os tempos. Foram juntados, também, versos, palavras e poesias atribuídas a Cruz e Sousa que integram o acervo Araújo Figueiredo. Neste caso, sempre se fizeram acompanhar de notas de nossa autoria. O critério ortográfico básico foi a norma culta atual. As dúvidas quanto à grafia e acentuação foram resolvidas através do cotejo entre diferentes edições, dicionários e gramáticas, além do interesse poético. Os versos foram sempre iniciados por maiúsculas, mesmo quando originais consultados referem minúsculas, como foi o caso de alguns de Violeta dos Santos: a decisão foi tomada, acompanhando os editores mais recentes, embora as versões de 45 e do centenário do poeta utilizem variações para a questão
Download:
Seu trabalho sempre foi acolhido na imprensa e esteve presente em livros individuais ou antologias. Razão pela qual sua arte está espalhada por espaços, até hoje, não estabelecidos por completo.
O título desta coletânea foi inspirado em tal situação. Embora seu espólio venha contando sempre com guardiões cuidadosos e sua obra venha sendo pesquisada cuidadosamente desde há muito, ainda surgem textos que o estilo e a dicção permitem que sejam atribuídos a sua lavra, mesmo quando não assinados. Seria como se o poeta e sua produção fossem fisicamente intermináveis, tal qual a beleza de sua poesia.
O método para estabelecer a coleção que estamos apresentando aqui foi o da acumulação de informações. A primeira fonte pesquisada foi o trabalho preparado por Andrade Muricy para o Instituto Nacional do Livro, em 1945, onde estão o Livro derradeiro, Campesinas, Cambiantes e Juvenília, títulos sugeridos pelo próprio poeta ou inventados pelo pesquisador. Juntaram-se a eles poesias de Julieta dos Santos e outras encontradas posteriormente em sebos, arquivos e coleções diversas, inclusive no acervo da Fundação Biblioteca Nacional, e estão reproduzidas e referidas em edições fac-símiles, estudos críticos, antologias e catálogos.
Na edição dos textos, o material escolhido foi organizado aludindo àqueles títulos. Todavia, foram criadas novas denominações que agregassem os novos achados, como a que destaca as poesias dedicadas às musas de todos os tempos. Foram juntados, também, versos, palavras e poesias atribuídas a Cruz e Sousa que integram o acervo Araújo Figueiredo. Neste caso, sempre se fizeram acompanhar de notas de nossa autoria. O critério ortográfico básico foi a norma culta atual. As dúvidas quanto à grafia e acentuação foram resolvidas através do cotejo entre diferentes edições, dicionários e gramáticas, além do interesse poético. Os versos foram sempre iniciados por maiúsculas, mesmo quando originais consultados referem minúsculas, como foi o caso de alguns de Violeta dos Santos: a decisão foi tomada, acompanhando os editores mais recentes, embora as versões de 45 e do centenário do poeta utilizem variações para a questão
Download:
http://www.4shared.com/file/83780639/c8fe6ff1/poesia_interminavel.html
......
Nenhum comentário:
Postar um comentário