As memórias falham-me quando penso em minha infância;
mais precisamente junto a meu pai.
Lembro-me em lampejos de quando ele me ensinava a assoviar
e ria dos meus sussurros inaudíveis e a cusparada que saía de minha boca.
Tanto tentei na minha solidão de menina, até conseguir e com isso ser motivo de orgulho... Ai sim, cantarolávamos músicas sertanejas, que ele sempre dizia estarem destoadas.
Ainda em minha falha memória, lembro-me dos beliscões,
estes eu odiava, vinha ele com aquele dedão enorme apertando minha barriga, rindo pensando estar fazendo cócegas, e eu sorria pensando na vermelhidão da minha pele no dia seguinte.
Eram bons os tempos de menina....
Fazíamos tijolos, massa de paredes, coávamos areia, capinávamos o quintal...
Estas coisas que pai faz com filho, mas na falta de um menino macho,
cabia a mim fazê-lo. E eu fazia com amor.
Também lembro dos xingamentos, da braveza, do tontear que a bebida lhe causava...
Mas hoje são apenas memórias...
E me é tão triste, perceber que a minha é falha e fraca.
Mas mesmo assim ainda me recordo das aulas de dança.
Ele chegava a cambalear, já no ritmo. Colocava seus vinis em uma vitrola velha.
e dançávamos tango, bolero e sertanejo...
Algumas vezes ele me segurava, noutras eu o apoiava,
e assim passou o tempo, ele me segurando, eu o apoiando.
Nessa troca afetiva paterna e eterna.
mais precisamente junto a meu pai.
Lembro-me em lampejos de quando ele me ensinava a assoviar
e ria dos meus sussurros inaudíveis e a cusparada que saía de minha boca.
Tanto tentei na minha solidão de menina, até conseguir e com isso ser motivo de orgulho... Ai sim, cantarolávamos músicas sertanejas, que ele sempre dizia estarem destoadas.
Ainda em minha falha memória, lembro-me dos beliscões,
estes eu odiava, vinha ele com aquele dedão enorme apertando minha barriga, rindo pensando estar fazendo cócegas, e eu sorria pensando na vermelhidão da minha pele no dia seguinte.
Eram bons os tempos de menina....
Fazíamos tijolos, massa de paredes, coávamos areia, capinávamos o quintal...
Estas coisas que pai faz com filho, mas na falta de um menino macho,
cabia a mim fazê-lo. E eu fazia com amor.
Também lembro dos xingamentos, da braveza, do tontear que a bebida lhe causava...
Mas hoje são apenas memórias...
E me é tão triste, perceber que a minha é falha e fraca.
Mas mesmo assim ainda me recordo das aulas de dança.
Ele chegava a cambalear, já no ritmo. Colocava seus vinis em uma vitrola velha.
e dançávamos tango, bolero e sertanejo...
Algumas vezes ele me segurava, noutras eu o apoiava,
e assim passou o tempo, ele me segurando, eu o apoiando.
Nessa troca afetiva paterna e eterna.
Um comentário:
Mas é uma linda memória, Aline! Todos esses momentos formam a doce memória que hoje é seu pai e que habita em suas saudades.
bjs
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