domingo, 16 de agosto de 2009

Em Prosa e Verso - Alfonsina Storni

Imigrou com os seus pais para a província de San Juan na Argentina em 1896. Em 1901, muda-se para Rosario (Santa Fé), onde tem uma vida com muitas dificuldades financeiras. Trabalhou para o sustento da família como costureira, operária, atriz e professora.

Descobre-se portadora de câncer no seio em 1935. O suicídio de um amigo, o também escritor Horacio Quiroga, em 1937, abala-a profundamente.

Em 1938, três dias antes de se suicidar, envia de um hotel de Mar del Plata para um jornal, o soneto “Voy a Dormir”. Consta que suicidou-se andando para dentro do mar — o que foi poeticamente registrado na canção "Alfonsina y el mar", gravada por Mercedes Sosa; seu corpo foi resgatado do oceano no dia 25 de outubro de 1938. Alfonsina tinha 46 anos.

"Voy a Dormir"

Dientes de flores, confía de rocío,
manos de hierbas, tú, nodriza fina,
tenme puestas las sábanas terrosas
y el edredón de musgos escardados.

Voy a dormir, nodriza mía, acuéstame.
Pónme una lámpara a la cabecera,
una constelación, la que te guste,
todas son buenas; bájala un poquito.

Déjame sola: oyes romper los brotes,
te acuna un pie celeste desde arriba
y un pájaro te traza unos compases
para que te olvides. Gracias... Ah, un encargo,
si él llama nuevamente por teléfono
le dices que no insista, que he salido...

Um comentário:

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Anine

Há pessoas que parecem nascem já com a marca do sofrimento, da provação dentro de si e, no entanto, deixam ao partir um mundo de beleza.
Não conhecia Alfonsina Storni.
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Como está você, minha amiga?
beijos